Peça
Godspell é um espetáculo musical que possui como base as parábolas do Evangelho de São Matheus;  ele leva ao espectador mensagens bíblicas (filosóficas) por meio de um jogo teatral que envolve comédia e poesia.
Um grupo de 12 pessoas – arquétipos da sociedade pós-moderna e que podem ser encontrados em qualquer grande metrópole – têm seus caminhos cruzados por João Batista/Judas (no espetáculo, as duas personagens são interpretadas pelo mesmo ator) e por Jesus; esse encontro inesperado altera as ações e o olhar de todos para a vida.
A convivência e o aprendizado partilhados por esse grupo propicia a construção de uma comunidade. Ela tem como principais características a busca pela compreensão do outro, o encontro com a essência de cada um de nós, a partilha, a generosidade, o amor e outros bens humanos já tão enfraquecidos diante de uma sociedade automatizada e que coloca seus homens e mulheres num estado de máquina.
As parábolas, as canções e os movimentos cênicos de Godspell traçam o caminho de  cada integrante do grupo para compreender a filosofia do “bem viver”, proposta no Evangelho de São Matheus, como um caminho para transformar o processo caótico que rege as relações humanas na sociedade atual.
Teatro, música, brincadeira, humor e poesia se fundem para dar vida a um dos mais emblemáticos musicais da broadoway. Hoje, com novos contornos, ele volta aos palcos paulistanos para uma nova temporada.
 
Palavra do diretor
Godspell é teatro. Godspell é atual. Godspell é simples. Godspell é comovente.
Dar conta de tudo que Godspell é, foi e pode ser não é uma tarefa das mais fáceis. Um espetáculo que exige da direção cuidado extremo com cada ator e com a construção de cada arco dramático das interpretações. Ele tem tanto texto quanto música; e a palavra falada reclama o mesmo preciosismo atribuído à cantada. Oba!
Compreender a teatralidade essencial de Godspell  foi o primeiro caminho para a construção desse nosso olhar. Essa teatralidade é composta por um jogo afiado, preciso e ingênuo. Localizar essa ingenuidade, quase castrada das nossas relações sociais, e coloca-la como força motriz para cada palavra, cada movimento e cada nota foi definitivo para dar o tom dessa montagem. Uma montagem que transita entre o urbano e o romântico; entre o caos e a luz; entre a aridez e a abundância de possibilidades; concatenada com o nosso tempo e o nosso lugar.
Não foi nada simples, mas confesso, foi e sempre será comovente ver esse jogo jogado com a alma, o talento e a generosidade desses doze queridos artistas.  Eles ocupam esse palco para extrair de Godspell toda a simplicidade e, assim, fazer com que ele continue sendo teatro vivo.
Só fui o regente, o palco é deles: dos atores e músicos, das belas histórias e das palavras (tanto as ditas quanto as cantadas). TEATRO! EVOÉ! 
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